241. Quando vierdes — vinde como se para sempre. Quando partirdes — parti como se para sempre. Quando vierdes, apoderai-vos de tudo porque renunciastes a tudo. Quando partirdes, deixai tudo porque tudo foi assimilado. Afirmai a renúncia no meio dos haveres. Afirmai a posse no meio do deserto. Se percebeis uma sede por coisas, saciai-a.
A renúncia verbal é como o gesto de um macaco. Perguntai ao vosso interlocutor o que ele pensa sobre a comunidade. Afirmai a vossa compreensão deste pensamento. Uma palavra contém mil pensamentos. É muito rudimentar atribuir a uma palavra um significado preciso. Somente a comparação de conceitos pode determinar a qualidade do pensamento. Perguntai-lhe o que é mais inaceitável para ele. Por quê é ele mais atraído? Perguntai mais de uma vez, pois de outra forma, o mais importante será esquecido. As pessoas não foram acostumadas a definir claramente o inaceitável. O homem decrépito não concorda, mas teme explicá-lo a si próprio. Uma criança é atraída para algo, mas não sabe como refletir sobre a causa básica. A nova era necessita de claridade responsável. Como é indispensável forçar as pessoas a pensar sobre as causas da não aceitação! A revelação das causas é meio caminho para a aceitação.
Eu tenho, porque Eu renunciei.
242. É-se obrigado a encontrar pessoas que ridicularizam cada palavra ininteligível para elas. O seu aparelho receptor está coberto de calos de ignorância. Por exemplo, se lhes é dito — «Shambhala», elas tomarão este conceito de realidade como uma superstição-fetiche. O que são sinais do tempo de Shambhala? Os sinais da era da verdade e cooperação.
Investigai como a palavra Shambhala é pronunciada no Oriente. Tentai penetrar, mesmo em pequena escala, na ideologia deste conceito. Tentai compreender o ritmo da estrutura da linguagem sobre Shambhala, e percebereis uma grande realidade que faz vibrar as cordas da humanidade. Que a razão vos ajude a meditar sobre os valores acumulados pelas melhores aspirações. No livro «Comunidade», o conceito de Shambhala não pode ser omitido.
Amigos, compreendei que tenso e belo tempo é o presente!
243. Partindo de Nossas montanhas, experimentareis fatalmente um sentimento de angústia. A base psíquica desta sensação é inevitavelmente aumentada pela impossibilidade de relatar o que aconteceu. A não ser em casos excepcionais, indicados, ninguém que esteve conosco dirá nada.
Eu aconselho aquele que deseja alcançar Nossa Comunidade a acrescentar o seu conhecimento. Depois da educação escolar geral, as pessoas do Ocidente usualmente abandonam o conhecimento, ou senão, extraem do conhecimento um tênue fio de especialização, em vez de tecer toda a rede do pescado.
Quando Nós dizemos, «Conhecei» estamos insistindo num exame variado e no domínio das possibilidades.
O sonho de voltar ao vale da montanha, onde é possível aumentar o conhecimento, conduzirá constantemente à conquista. É necessário lembrar que o influxo de conhecimento deveria ser incessante. Principalmente, preservai o empenho que impulsiona todos os sistemas de conhecimento.
O empenho é a chave para a fechadura.
244. Nós vos falamos freqüentemente sobre os novos e os jovens. Uma vez por todas, Nós afirmamos que sob estes conceitos se entende não a idade em anos, mas a consciência nova e a juventude do empenho. O tamanho da barba não tem siqnificado, e de nenhum valor é a afirmação de pouca idade. A chama da aspiração não depende do corpo. O magneto da substância primária se manifesta independentemente da ocorrência de eventos. De fato, o conceito de magneto transcende a esfera física. Aplicai o magneto ao domínio psíquico e obtereis a mais valiosa observação. A associação de idéias tem uma certa base na onda magnética. Se alguém for investigar a passagem de ondas magnéticas, será possível estabelecer o avanço de idéias na mesma direção. A qualidade das idéias pode ser diferente, mas a técnica de sua difusão será semelhante. Uma certa experiência na associação do magneto com o pensamento dá um adequado exemplo da influência de uma energia física invisível sobre o processo psíquico. As qualidades dos magnetos são diferentes; eles podem ser afinados como instrumentos. O comprimento das ondas magnéticas é inconcebível. Sua ação sobre as pessoas não corresponde à idade, mas à aspiração psíquica. Para radiações distantes, as ondas magnéticas servem como um excepcional condutor. Assim, começamos com horizontes distantes e terminamos com essa também distante tarefa da humanidade.
Observai, o sistema de exposição consiste não em monotonia, mas na espiral dos diversos ângulos de uma única aspiração.
Pensai sobre ondas magnéticas e sobre empenho psíquico.
245. A adaptabilidade é o melhor meio para conservação de forças. Freqüentemente se pergunta como desenvolver esta qualidade. O desenvolvimento da adaptabilidade realmente tem lugar na corrente de vida. É conhecida de todos a sensação das fronteiras das esferas. Quando saís de um teatro para uma rua cinzenta, parece-vos que caístes numa esfera mais baixa. Quando, depois de solenes festividades, voltais ao trabalho comum, ficais chocados com o triste quotidiano. Quando, saindo de um grande frio, entrais num belo edifício, ele parece ser a coroa da perfeição. Uma adaptabilidade preguiçosa produz uma série de falsos conceitos. Esta falsidade vos faz tímidos e desajeitados. As pessoas se curvam ante a miragem de algo de efeito. Elas constringem seus próprios conceitos ante algo inesperado, enquanto que tudo deve ter lugar de uma maneira oposta. Acostumai-vos de maneira severa à recepção de sensações contrastantes, à dominação do inesperado. Tudo é esperado porque tudo é conscientizado.
O engano de uma miragem compele a temer-se certas expressões. Começais a temer a palavra «espírito», embora saibais que isto é um certo estado da matéria. Temerosamente evitais a palavra «Criador», embora bem saibais que cada formação material tem seu criador. Falsidade e medo são pobres conselheiros. Pode ser citado um grande número de superstições que tornam os adultos comparáveis a crianças. Nós vos pedimos para abandonar todas as superstições e aprender em toda a realidade. Lastimemos aqueles que pulam num pé só. Este espetáculo relembra um conto de fadas no qual a ama, a fim de prevenir a fuga do menino, sugeriu-lhe que era um sinal de nobreza andar numa perna só.
246. O homem que não é livre, que pensa a partir de si mesmo, que age a partir de si próprio, está mergulhado num oceano de correntes falsas. Até a fala, como expressão externa, o homem reconstrói à sua maneira, egoisticamente. Atentai como são deslocados acentos em palavras de língua estrangeira, com desprezo pelo significado e pela filosofia. As pessoas reformam sons estrangeiros para ajustá-los ao costume de seu próprio país. De fato, a ignorância da presunção e o desprezo pelo vizinho estão refletidos na distorção da fala. Tentar ponderar e penetrar no significado do sentimento de um vizinho é incompatível com a rudeza da mesquinha presunção. O sentimento de irresponsabilidade e o não rejeitado sentido de propriedade criam os senhores feudais de nossos tempos. Notai que aquele que mutila o significado da fala através do insensato deslocamento de acentos, será um homem a quem falta compreensão da evolução. O homem sensível prefere usar expressões simples a fim de não destruir um significado desconhecido para ele. Ninguém pode ouvir um mensageiro que distorce o significado de sua missão.
Condenador, voltai-vos para vós próprios! Proprietário injusto, não vos esqueçais de que a paixão de outrem por posses é somente um reflexo da vossa própria: Primeiro que tudo, preocupai-vos com o poder abranqente de vossa própria consciência. Se a fera do egoísmo não foi tragada para sempre por vossa consciência, permaneceis não livre, seduzido pela miragem de Maya. Aprendendo, pode-se resolver o difícil problema das posses na alegria da iluminação.
É permitido ao padeiro comer todo o pão, mas ele não o faz. O homem que conheceu a essência de todas as coisas não necessita delas. A consciência deve ser o objeto da consideração primeira. Tomai tudo realisticamente dentro das fronteiras de toda a vida.
Aquele que não é livre, que age para si próprio, afunda num oceano de correntes falsas.
247. Quando o relâmpago chamusca as asas, quando o trovão alarma o ouvido, quando as âncoras do bem-estar terreno desaparecem, então o Nosso mensageiro baterá. O sorriso de contentamento não lhe abrirá a porta. A trave da presunção fechar-lhe-á a entrada. O óbvio levantar-se-á ante aquele que deseja receber o convidado. Embora o caminho da evolução seja inalterável, cada qual o dispõe a seu modo. A lâmina da espada está sendo forjada, mas crescem as escórias do prazer. Sinais da extinção de luz estão aparecendo. Na forja, a lâmina já foi temperada. São afirmadas as manifestações de um maravilhoso Novo Mundo. Ainda há muito entulho, mas as cinzas das escórias são o berço da espada. Pode-se conhecer toda a imperfeição, mas a calúnia contra o Novo Mundo será uma pedra no caminho. O Dragão ainda está vivo. Toda lâmina deve ser erguida das cinzas. A espinha do Dragão tem ocultado os mundos distantes. O inimigo fechou a entrada do Mundo de Luz, mas as estrelas aparecerão através das brechas na espinha. O buraco do refugo não deprime, mas a espinha dourada do Dragão ergue-se como uma tentação. Aceitemos todas as espadas dirigidas ao Dragão e contêmo-las de novo, atentamente.
É tempo de aprontar a Bandeira de Maitreya.
Quem disse que o tempo da Maitreya é sem relâmpago e sem turbilhão?
Nós preferimos testar-vos em vôo.
248. Com dificuldade, desmorona a pequena casa dos decrépitos preconceitos.
Primeiro que tudo, tenhamos em mente que é impossível retardar o processo de amadurecer o fruto. Revejamos as páginas da história: chegou o tempo da libertação do pensamento, e arderam as fogueiras da Inquisição; no entanto, o pensamento fluiu. Chegou o tempo do governo do povo, e o esquadrão de fogo começou a trovejar. Chegou o tempo do desenvolvimento da técnica, e os retrógrados estavam aterrorizados; mas as máquinas se moveram, pulsando o ritmo da evolução. Agora chegou o tempo da conscientização da energia psíquica. Todos os inquisidores, retrógrados, sabichões e ignorantes podem estar aterrorizados, mas a possibilidade de novas conquistas da humanidade amadureceu em toda a sua incalculável potencialidade. Inquisidores e retrógrados podem construir prisões e manicômios que serão bem apropriados para eles, mais tarde, como colônias de trabalho. Mas protelar o degrau amadurecido da evolução é impossível. Da mesma maneira como é impossível privar a humanidade de todos os modos de comunicação.
O negador da evolução pode retirar-se para o eremitério e sonhar com os prazeres do regresso. Mas a própria vida, a própria realidade, indicará manifestações novas. Só a mente judiciosa de um realista representará estas manifestações, num esquema científico, concebido racionalmente. Todos os místicos de vista curta e mesquinhos literatos convencionais estarão ao lado dos ignorantes. A bandeira da energia recentemente conscientizada está sendo levantada. Cada nova aquisição deve encher todo coração de alegria. O pensamento do membro da comunidade deve palpitar face às possibilidades de novos, úteis estudos da realidade.
Nós convocamos a conhecer, pois somente o conhecimento pode ajudar na absorção do complexo de aparentes contradições. As leis do grande «Aum» são idênticas em todas as condições.
Conhecei, conhecei, conhecei, pois de outra forma a pequena casa dos decrépitos preconceitos não irá desmoronar.
249. Não vos atraseis no estudo da energia psíquica. Não vos atraseis em sua aplicação. De outra forma, um oceano de ondas varrerá todos os diques, transformando a corrente do pensamento num caos. Adotai a divisa: «Quem não se atrasa, não se atrasará». Não rejeiteis a máxima do realista sobre a precisão no trabalho. Somente sem atraso e na clareza do pensamento, é possível distinguir a estrutura das comunidades.
Dizei aos amigos que o tempo é limitado, e que o que é perdido não volta. Dizei-lhes que o Ensinamento da Comunidade deve prosseguir de acordo com as manifestações de energia. O erro usual é tentar separar as estruturas científicas das sociais. É difícil imaginar um cientista à parte da estrutura social. Durante a aceleração da evolução, é concebível permanecer em retiro? É possível dormir em meio a manifestações do relâmpago? Destemidamente e sem autopiedade, deve-se aceitar a carga da vigilância. Não há fadiga quando a devastação está às portas; quando a força da energia psíquica pode jorrar numa corrente irresistível. Comparai a vossa situação com a da Holanda, onde o nível do mar é freqüentemente mais alto que a terra. Que cuidado de vigia deve haver na guarda de canais e diques!
Aceitai o fluxo da energia psíquica como uma onda generosa. A perda destas possibilidades representa um mal irreparável para as comunidades. Deixai para o velho mundo o temor do estudo da energia psíquica. Mas vós, jovens, fortes e sem preconceitos, investigai por todos os meios, e aceitai a dádiva deixada às vossas portas.
Observai com olho de águia, e com o salto de leão, tomai posse do poder predestinado. Não vos atraseis! Manifestai aspiração pelo ensinamento da realidade.
250. A manifestação da energia atômica está ligada com a investigação da energia psíquica e com o estudo da teoria dos magnetos. Sem estes fatores, é possível apropriar-se somente de certas manifestações de energia primária. É necessário empenhar-se zelosamente em direção à simplicidade nas pesquisas.
Dizei que deve ser expresso veementemente o desejo de ligar o fio do que é fisicamente visível com o que tem peso físico, mas é usualmente imperceptível à vista. Fazei a experiência de fotografar radiações e formações físicas. Os tons fortes da radiação estarão manifestados mesmo quando se fotografa à luz do dia. Tais impressões podem aturdir os mesquinhos negadores. Seria possível também apresentar várias outras experiências que conheceis, mas eles suspeitariam que sois milagrosos. Para as crianças, até uma mesa de jantar parece um milagre não ouvido. Nós, entretanto, conhecendo os hábitos das crianças, falaremos nos termos científicos de ontem.
É estranho observar por que caminhos inesperados a humanidade se aproxima de novas entradas. A tática de aproximação do adversário torna-se, às vezes, espantosamente complicada. É impossível imaginar como um pensamento decrépito fará voltas a fim de não danificar seu próprio castelo de cartas.
Onde, então, está o finito? No entanto, como um martelo, ele golpeia o Infinito. Aquele mesmo Infinito do qual crescem asas quando há o conhecimento corajoso.
Não vos indigneis com a vagarosidade da ascensão de certos tipos de pessoas — elas temem parecer ridículas. Outras procuram se aproximar por meio de suas próprias expressões. Tanto melhor; que elas descubram como se fosse por si mesmas. Mas despertai a busca do conhecimento. Que elas manifestem suas conjecturas.
Que elas acumulem experiência em completa individualidade.
Nós preferimos o alerta da experiência à lagrima da fé.
251. A indústria contemporânea e toda a produção de objetos tornar-se-ão tão desequilibradas, em quantidade e qualidade, que, por enquanto, excluem a possibilidade de uma correta distribuição dos bens. Distribuição forçada e não conscientizada engendra astúcia e mentira. Pode-se esperar novas possibilidades na inação ou dever-se-ia aprofundar a consciência em sua essência? Vós vos lembrais das palavras de Buda sobre o discípulo cercado de bens e que, ainda assim, conscientizou a renúncia à propriedade pessoal. É inútil tentar privar forçadamente das posses, pois assim, só se cria uma paixão pelo refugo. A coisa mais importante é executar racionalmente um programa educacional sobre o significado aviltante da posse. Não é importante que alguém permaneça em sua própria poltrona, mas é importante que a juventude conscientize o absurdo de ter sua própria cadeira. É necessário que esta consciência seja manifestada não como uma rejeição, mas como uma livre conquista. Quando, libertas da astúcia, as pessoas aprenderem a impraticabilidade da propriedade pessoal, então crescerá uma coletividade de cooperadores.
252. O hálito venenoso da posse só pode ser destruído por um programa escolar bem concebido. Não existe uma literatura contra a posse. Somente uns poucos conquistaram o dragão do refugo. Mas muitos sonham com aquisições pessoais. Quão verídicas devem ser as comparações históricas! Quão rigorosamente devem ser colecionados os detalhes biológicos a fim de demonstrar a ilegalidade e a futilidade da posse. As leis sobre as propriedades da matéria testemunham como a posse não corresponde à natureza do homem.
Compreendei, é necessário lançar-se integralmente à conquista dos fundamentos da libertação. Estejais aptos a olhar corajosamente num poço raso — quão rapidamente a superfície fica escumosa, e a erva daninha cresce sobre a água estagnada.
Aprofundai o que foi começado!
253. De fato, a imaginação é somente um reflexo. Do nada, nada nasce. É difícil imaginar a indestrutibilidade no espaço. Uma destruição de manifestações completas é percebida pelo cérebro. A destruição de épocas inteiras parece óbvia. Como compreender a realidade do adensamento do espaço? Muitos sintomas estão diante dos olhos, e ainda assim, as pessoas não sabem como correlacionar o que está acontecendo. Tomemos um exemplo: já é sabido como a energia psíquica pode pedir imperativamente à humanidade a sua aceitação. Já foi notado o aparecimento de estranhas doenças nas quais a energia vital se esvai sem motivo visível. Mas a causa e o efeito não são correlacionados pela humanidade. Assim, um caso que conheceis poderia ensinar-vos como é necessário o estudo e a aplicação da energia psíquica. Uma onda de energia psíquica teria restaurado a vitalidade e dado uma nova alegria de viver. Mas para isto, é necessário conscientizar a energia psíquica, isto é, entrar no ritmo da evolução. Em vez disto, os doentes são entulhados de misturas e poções. Onde o socorro poderia ser fácil, começam a preparar submissamente para a morte.
Quando Nós convocamos para a conscientização da energia psíquica, não estamos pensando em transformar as pessoas em mágicos; estamos somente mostrando o próximo degrau de evolução e indicando, em nome da comunidade, que não se deve deixar o momento fugir. Apressai-vos em suprir-vos de força e, assim, auxiliar a próxima evolução.
Certamente a evolução vai ocorrer, mas por que ser esmagado quando foi ordenado um canto de alegria?
254. Quando encontrais na estrada um objeto de valor coberto de lama, vós não passais orgulhosamente por ele. Vós apanhais o vosso achado e limpais a sua lama. Do mesmo modo, quando encontrais um homem de valor coberto de lodo, interrompeis o vosso caminho e vos esforçais por limpá-lo. É dever do membro da comunidade afirmar a justiça. O ensinamento não pode rejeitar os verdadeiros valores. A comunidade não pode deliberar se ele é nosso ou se ele não é nosso. A comunidade diz que ele é de valor para a evolução ou que ele não é. A escolha mais rigorosa é pela essência. O austero ajustamento ao objetivo obriga a proteger os verdadeiros tesouros. Não percais tempo em defender os valores. Cada hora conta. E rejeitai as expressões de incerteza. E cada valor é, para vós, o que a vela é para o navio.
É evidente que grandes valores foram jogados na lama antes de vós. É evidente que os caminhos para a Comunidade Mundial estão sendo manchados. Cada um pode suportar a maior desgraça, se há confiança na Guarda da Comunidade. É necessário preservar esta confiança, de outro modo é o fim!
Exatamente como limparíeis um pobre diamante encontrado, deveríeis limpar a lama das faces dos grandes trabalhadores!
255. Não mantenhais discussões com os ignorantes. Mantende silêncio, se conheceis a irresponsabilidade de vosso interlocutor. Afirmai, com o silêncio, o vosso conhecimento. Outras pessoas não vão obscurecer a vossa vista. Ensinai vossos jovens amigos a manter silêncio, quando não há ponte para a consciência de alguém. Ensinai-lhes a brandir a espada uma só vez, se uma flecha de insulto é lançada.
256. O rugido deve ser ouvido sem temor. É necessário compreender onde está a fonte do rugido. O ouvido deve distinguir o rugido do tigre do grito de vitória. É necessário avaliar atentamente os gritos fragmentários de acordo com a consciência humana, de modo a passar sobre esta corrente ruidosa. O preço do caminho entre gritos hostis é muito maior que o do caminho de solidão.
257. A manifestação de doença deve ser entendida como aguilhoadas da substância pan-humana. É claramente evidente que as pessoas de consciência desenvolvida estão doentes com freqüência. Dor de cabeça, dor de olhos, dentes, extremidades, referem-se aos domínios psíquicos. Vós ouviste isto há muito tempo. Câncer, tuberculose, doenças do fígado e baço, bem como dilatação do coração — tudo isto resulta de um estado desequilibrado dos centros psíquicos. Somente a aplicação da energia psíquica pode proteger as melhores pessoas. De outro modo, elas absorverão, como esponjas, os excessos da humanidade.
Não é sem razão que Nós insistimos na conscientização da energia psíquica — chegou o tempo!
258. Voltemo-nos mais uma vez para a miragem de Maya. De maneira clara e evidente, aparecerá diante de vós a futilidade de trabalhar pela humanidade. Como são evidentes os traços da mútua degradação! Como são evidentes a hipocrisia e a falsidade! Quão sufocantes a ignorância e a morta indolência! A evidência desta miragem nubla o horizonte da realidade. Mas, como o elefante branco de Maitreya, a realidade marcha. Quando a falsidade e a presunção aparentemente reinam, exatamente neste momento realiza-se a grande volta da espiral da evolução. O murmurador da noite partirá para a escuridão.
Quanto mais forte o trovão, mais poderoso foi o relâmpago. Todos reiteram — a Nova Idade chega na tempestade e no relâmpago. Para o relâmpago, são necessárias a energia positiva e a negativa. Se Maya não fornecer a evidência negativa, como então pode reluzir a lâmina da espada da realidade positiva?
Nós dizemos, resumidamente, que nunca antes no planeta, o pensamento sobre a cooperação foi elevado tanto como agora.
Percebereis todas as miragens e conhecereis a irrevogável realidade da aproximação da cooperação Mundial. A força da ação recíproca deve ser grande. O brilho do martelo do relâmpago deve ser cegado e o trovão deve ser ensurdecido. Cada evidência deve servir a uma realidade irrevogável.
Que os vossos amigos iluminem suas consciências com o relâmpago da realidade. Que nós não mais nos voltemos para a miragem de Maya, nem sonhemos em apagar a sede em seus lagos imaginários. A manifestação da evolução é irrevogável. A consciência da irrevogabilidade iluminará vosso caminho!
259. Perguntarão: — «Como denominar o método do Ensinamento?» Ele pode ser chamado de método da abertura dos caminhos. Considerai, em seguida, a abertura dos centros. O sentido interno deve sugerir como se poderia, cuidadosamente, salvaguardar a individualidade. O menos adequado de todos é o sistema das palestras usuais.
Pode haver chamados para um grande número, mas a construção prossegue por meio de conversações individuais. Um de Nossos Mestres usualmente iniciaria uma proposição, deixando-a com o discípulo para completar o pensamento. Assim criava um livre intercâmbio de pensamento.
O princípio da liberdade da aproximação, liberdade de serviço, liberdade de trabalho, deve ser salvanguardado. O fato de haver dificuldade no início é somente um sinal de imperfeição. A afirmação da sabedoria estará nos firmes marcos que cercam a imagem projetada no conhecimento.
Abrindo a porta certa, daremos a direção certa.
260. Afirmemos a justiça. Cada um receberá seu justo salário. O impetuoso, o corajoso, o covarde, o preguiçoso — todos virão para o seu salário. Tranqüilizai-os, limpai-os, e apontai para a entrada. Aquele que pode entender baterá até ser admitido.
O Mestre sente que o escudo se torna incandescente. Manifesta-se na vida do conto de fadas predestinado. Símbolos e sinals estão passando pela Terra, e só o surdo não se levantará. Eu percebo a beleza. O Ensinamento foi manifestado de um modo especial: ele é o mesmo, mas não se repete; vai em direção ao mesmo objetivo, mas em novo vôo; é evidente, é invisível! Assim é possível definir o degrau do Novo Mundo.
Quando a casa se incendiou, as pessoas continuaram a jogar dados e confundiram a fumaça do incêndio com a fumaça da lareira.
Contai as horas, porque agora é impossível contar por dias. Será possível que não ouvis o ruído da onda?!
261. Na vida de todo grupo de cooperadores pode ocorrer uma situação em que o desenvolvimento em uma direção pode prejudicar os resultados.
Então, o líder deve encontrar um caminho de novas tarefas, bastante amplas para neutralizar o atrito. Não chamemos o atrito de rivalidade ou nomes piores. Nos estreitos perigosos, os navios andam separados; do mesmo modo, no desenvolvimento da comunidade pode ser necessário dividir a atividade dos participantes. Em lugar de um possível mal, pode resultar uma aquisição de novos domínios. Quando os músculos se intumescem, aprendei como dar uma saída para a energia. Se não se evitar o congestionamento do movimento, então está assegurada a dissensão.
A diversidade de tarefas é indispensável, de outro modo se chocarão as forças da consciência que cresce. Depende do líder evitar que forças úteis se transformem num jarro de escorpiões. Afortunadamente, há tantas tarefas correntes que não é difícil dirigir as forças para um problema urgente. Freqüentemente, o crescimento das forças é confundido com antagonismo. Freqüentemente, em vez da calma aplicação de uma possibilidade, as brasas do ódio são sopradas.
Eu aconselho todos os grupos de cooperadores a não deixar passar este momento psicológico, mas a providenciar oportunamente uma nova tarefa. Eu vejo como é possível evitar complicações, garantindo a vitória pelos métodos mais práticos. O Ensinamento da realidade deve corresponder à dimensão da complexidade da corrente da evolução. As novas construções mundiais devem ser seguramente protegidas.
262. Nós consideramos, com tristeza, aqueles que não poderiam formular palavras correias. Havia, ainda, uma hora para se afirmarem, mas fantasmas obscureceram a realidade, e a possibilidade passou. Onde, então, em que caminho, encontrareis o mensageiro? Quantos mares nadareis a fim de completar uma palavra que não foi ouvida atentamente? Como recapturar uma oportunidade perdida? Pensamentos não aplicados permanecem como uma casa sem dono. Uma luz extraordinária brilhou, mas foi tomada erradamente por uma vela na mesa. O empenho no caminho do não usual foi confundido com a sopa usual. Agora, ter-se-á que procurar e bater. Ninguém ajudará, porque a causa produziu seu efeito.
Assinalai aos amigos que eles deveriam seguir as centelhas das possibilidades com a perspicácia de um falcão. Encontrai tempo para compreender quão repentinamente chega o mensageiro e como o contentamento fecha os olhos. Verdadeiramente, cada mensagem perdida jaz como um pesado fardo; por isso, ressoai a tempo.
Ninguém aconselha a receber pobremente o primeiro mensageiro a fim de que o segundo venha mais rapidamente. O mundo tem uma esperança — contornar o não usual e atirar cinzas sobre qualquer mensagem a respeito de uma nova consciência. Encontrai palavras dignas!
263. Prova e privação. Quão solene e pomposamente as pessoas enfeitam estes conceitos! Mas vós sabeis que a prova é o aperfeiçoamento da qualidade e a privação, a aquisição de possibilidades. O homem se testa conhecendo as propriedades da matéria desconhecidas para ele. O homem se despoja da ignorância e assim, abre novas possibilidades para si próprio. Onde, para a ignorância, existe desalento, para a conquista do conhecimento, existe aproximação do júbilo.
Será dito, «Pela comunidade, renunciamos à alegria». Replicai, «Que cemitério é a vossa comunidade, se ela é construída no óleo da quaresma!» Quão chorosamente desalentadas são as privações! Como estalam seus lábios ante os manjares proibidos!
O sofrimento de privações Nos é desconhecido, pois a abrangência exclui a privação. Nosso Ensinamento representa o mundo como sendo rico, feliz e atraente. Em nenhum lugar são indicados grilhões e castigos. Como um navio cheio de tesouros, corre a comunidade indicada. A conscientização das inumeráveis propriedades da matéria ilumina tudo brilhantemente. A matéria de ontem veste-se com um tecido radiante de energia, o qual não necessita de um novo nome, mas penetra todo o espaço e palpita com o arco-íris do regozijo humano.
Para onde, então, se dissolveram as privações e as provas sombrias, quando um só elétron de substância pode verter uma corrente inteira de graças?
Contai as horas da aproximação das novas decisões!
264. Antes de partir, aceitai um pequeno lembrete: ele não constrangerá os viajantes. Conhecendo o lugar onde encontrar cooperadores, nunca permanecereis sozinhos. Seria insensato deixar os cooperadores na ignorância. O que, então compele os estranhos a não confiar na comunicação com Nossa Comunidade? Ou completa ignorância, ou inveja. Eles desejam ser admitidos ao Aparelho Central, não tendo a mais leve idéia de como fazer uso dele, e não pensando na responsabilidade que é a aproximação da Fonte de Energia. A afirmação do Ensinamento da vida permite se aproximar das mais perigosas alavancas. Mas sem experiência prática, nenhuma explicação ajuda.
Agora, como é possível ampliar a consciência, se a experiência passada não é aplicada? Em verdade, a iluminação é possível, mas este caso é tão raro que nem é mencionado. Contudo, mesmo o conhecimento experimental deve ser revelado; de outro modo, ele ficará vagando como flocos nas reações químicas fracassadas. Entre a monotonia do cotidiano, só uns poucos sentem a realidade do Cosmos. No meio destas listas de nascimentos, doenças, pesares e mortes, poucos encontrarão a lista dos caminhos sem fim e sem começo. Como falar ao faminto sobre a eternidade? Baseado na experiência presente, ele imaginará fome eterna. Quem é, então, e onde está, aquele que, primeiro partindo o pão, conduzirá à eternidade? O Pão da Terra e o Conhecimento somente são manifestados em cooperação.
Novo cooperador, arde em vós o regozijo quando pensais sobre a comunidade?
265. Quando a direção foi averiguada, quando a consciência foi verificada, quando a determinação foi avaliada, então deve ser encontrada a palavra que expressa o degrau. A Luz-força incendeia a escuridão — assim foi definido o período de três anos da corrente. Mas entre estes períodos de três anos, terminou um período de sete anos de iluminação. De forma breve, podemos definir o novo período de sete anos — luta é o nome para ele. Luta em consciência plena, em decisão, sem qualquer retirada.
Vós sabeis da renovação do organismo a cada sete anos; pode-se observar as mesmas fases nas ações. No presente, a luta indicada assume um novo significado. A humanidade está clamando pela impossibilidade de permanecer na ignorância. A comunidade se mantém como a única porta para o progresso. Que as interpretações da comunidade sejam muitas e variadas, contudo o seu canal é único. Partindo da velha costa, a humanidade alcançará inevitavelmente o indicado, evolutivo, ereto penhasco do Novo Mundo. Só os cegos não percebem a aceleração sem precedentes dos sintomas da evolução. Cada ramo de vida aponta para o desenvolvimento dos conceitos. As manifestações das datas são afirmadas não no laboratório secreto, mas na vida diária. Vórtices inteiros de energia do mundo iluminam o futuro caminho. Tal manifestação de energia é naturalmente sustentada por todos os elementos. A gravitação em direção à evolução compelirá todos a se elevarem na luta dos mundos.
Aqueles que falam sobre a aproximação da construção pacifica não conhecem as datas. A luta responde à corrente cósmica.
Vós partis não em hora tranqüila, mas na alvorada do Novo Mundo. Nós desejamos dar-vos um magneto para a vossa jornada como uma lembrança do estudo das ainda ocultas propriedades da matéria. Nós vos damos também uma lasca de um meteorito que contém o metal de Morya. Este fragmento vos recordará do estudo da energia básica, do grande Aum.
266. Nós tratamos com cuidado os vossos empenhos, e esperamos de vós a mesma sensibilidade. Nós vos protegemos em todos os caminhos e esperamos a mesma solicitude.
Onde haja até mesmo um embrião da cooperação, aí o repúdio não tem lugar. Uma mente sensata distingue claramente os amigos.
De acordo com Nosso costume, presume-se que todos os argumentos foram esgotados antes que haja uma separação. Eu não vejo obstáculos à cooperação, mas Nós podemos organizar dez novos agrupamentos. Pois a conscientização da Cooperação Mundial deve crescer. A obstinação da ignorância não será obstáculo.
Vossos livros permanecem em Nossas bibliotecas. São os Nossos livros, do mesmo modo, encontráveis em vossas bibliotecas? Nós podemos falar sobre os vossos livros. Já lestes os Nossos?
Nós colocamos o conhecimento na base da Comunidade, não lhe estabelecendo limites. Nós colocamos experiência e boa vontade na base da Comunidade. Nós oferecemos as melhores condições para o sucesso dos amigos. Saberemos conhecer vossas intenções em relação a Nós.
267. Dois marinheiros naufragaram e foram lançados a uma ilha deserta. Ambos quase pereceram de fome e terror, pois eles se consideravam separados do mundo para sempre. Um navio os apanhou. E, mais tarde, foi erigido na ilha um potente farol. Estes mesmos dois marinheiros permaneceram no farol para salvar outras pessoas em perigo. Agora, sua disposição de espírito se alterou. Eles estavam felizes, dirigindo a luz do resgate, e não mais se sentindo separados do mundo. Isto significa que a conscientização da comunhão com o mundo e da utilidade para os outros transforma completamente as pessoas. O trabalho em comum é uma garantia de sucesso.
268. Aquele que deseja viver, vive. Admirável é a capacidade de resistir ao perigo quando o significado da vida está claro. Ninguém pode se afirmar apenas por comandos sem inspiração. A violência é uma sobrevivência do passado. É necessário se empenhar em direção a diferentes medidas efetivas. O estudo das energias indicará quanto das mais sutis possibilidades tem sido dado à humanidade. Mas dever-se-ia ter em mente que as mais aterrorizantes explosões podem resultar de um simples toque ou vibração — assim acontece com as mais grosseiras substâncias explosivas. O que se dirá, então, da mais poderosas e sutis energias? Entre tais forças não conscientizadas — está o pensamento.
269. A vida se tornará mais forte, não através da mecânica, mas através das idéias da vida comunal. Um homem que se junta a uma povoação não pode se tornar um inimigo de todos os seus vizinhos. Devem ser estabelecidas boas relações, e somente a cooperação conduzirá ao bem efetivo. É necessário adotar uma troca racional — assim chegamos àquilo que é chamado de cooperativa. Mas a cooperação não será durável se jazem em sua base dissimulação e cupidez. A confiança é indispensável. Uma sociedade baseada na confiança foi a primeira forma de cooperativa. De fato, tudo deve ser aperfeiçoado. Asssim, desde aquele tempo a ciência produziu tantas conquistas novas que a vida comunal pode se tornar não apenas um assunto de negócio, mas também do coração. A Ética Viva entra como um princípio consolidador.
270. É necessário fortalecer-se um ao outro. Uma ciência inteira pode ser fundada para explicar a ação das energias. A própria energia psíquica, inerente em cada homem, precisa da higiene. Não se precisa presumir que haja nisto qualquer coisa sobrenatural; a nova vida conhecerá a substância em toda a infinidade. Em conseqüência, é necessário, com lucidez e serenidade, unir-se na afirmação da vida comunal como base do mundo.
271. A cooperativa não é uma loja, mas uma instituição cultural. Pode haver também comércio dentro dela, mas sua base deve ser a da iluminação. Somente nesta linha é possível aplicar a cooperação à nova vida. Tal unidade não é fácil: as pessoas se acostumaram a combinar comércio com cupidez. Tal equívoco é difícil de erradicar. Mas, através da educação escolar, o significado da troca da riqueza devia ser urgentemente apresentado. Ganhar dinheiro não é avareza. Receber salário pelo trabalho não é um crime. Deve-se ver que o trabalho é o único valor verdadeiro. Assim, sem agitações e confusão, é possível explicar tudo sob a bandeira da Iluminação e da Paz.
272. A paz é a coroa da cooperação. Nós conhecemos muitos conceitos equivalentes — cooperação, companheirismo, comunidade, cooperativa — estes são os mais unificadores fundamentos do coração, como faróis na escuridão. As pessoas não se devem tornar temerosas ao pensamento de uma felicidade de seus próximos, mas devem regozijar-se, porque a felicidade de um próximo é a nossa própria felicidade. Os Grandes Auxiliadores da humanidade não abandonam a Terra enquanto os sofrimentos não são curados. O companheirismo sincero pode curar facilmente as feridas de um amigo — mas é necessário desenvolver a arte de pensar em nome de Deus. E isto não é facil no meio do tumulto diário. Mas os exemplos dos Grandes Auxiliadores da humanidade podem encorajar e infundir novas forças.
273. Quanto deve sofrer a humanidade antes de chegar a uma compreensão da vantagem da unidade! As mais destrutivas forças têm sido dirigidas para obscurecer o embrião da unificação. Cada agente unificador está sujeito a perigo pessoal. Cada pacificador é difamado. Cada trabalhador é ridicularizado. Cada construtor é chamado de louco. Assim, os servos da dissolução tentam afastar da face da Terra, a Bandeira da Iluminação. O trabalho é impossível entre as inimizades. A construção é inconcebível entre as explosões de ódio. O companheirismo está batalhando com o ódio à humanidade.
Mantenhamos na memória estes velhos Testamentos.
274. Pode haver na comunidade associações de mulheres, homens e crianças? Seguramente pode. Verdadeiras associações de companheiros podem ser subdivididas segundo muitas categorias — de idade, sexo, ocupação, e de pensamento. É necessário que tais ramos cresçam sadiamente; e não somente eles não deviam impedir as aspirações das pessoas, mas deviam ajudar uns aos outros — e esta assistência devia ser voluntária. Devia-se auxiliar a cada unificação racional. De fato, quando as cooperações são de natureza variada, então o florescimento se torna especialmente possível. Nós não pomos algemas, mas alargamos o horizonte. Que as crianças assimilem os mais introspectivos problemas. Que as mulheres carreguem alto a Bandeira predestinada. Que os homens Nos dêem alegria, construindo a Cidade. Assim, acima do transitório, salientar-se-ão os signos da Eternidade.
275. Quando os cálculos se tornarem complexos e o Infinito for obscurecido, então será novamente relembrado o mais simples princípio: de coração a coração — tal é a lei da fraternidade, da comunidade, do companheirismo.
Trabalhador, quando a energia é transmutada num oceano de luz, tua consciência se agita ou se expande?
Trabalhador, fica o teu coração temeroso ou exultante quando, diante de ti, surge o Infinito?
SÉRIE AGNI YOGA
Folhas do Jardim de Morya (O Chamado) I 1924
Folhas do Jardim de Morya (Iluminação) II 1925
Comunidade 1926
Agni Ioga 1929
O Infinito I 1930
O Infinito II 1930
Hierarquia 1930
Coração 1931
Mundo Ardente I 1932
Mundo Ardente II 1934
Mundo Ardente III 1935
Aum 1936
Fraternidade 1937
The Eastern Roerich Society
«Urusvati» Rússia - 2002